A exposição “Design e cotidiano na coleção Azevedo Moura” está em cartaz até 28 de setembro no Museu Paulista, mais conhecido como Museu do Ipiranga. Com curadoria de Adélia Borges, a mostra celebra a pluralidade cultural brasileira, ao trazer o foco para o ainda pouco conhecido e analisado design desenvolvido pelos imigrantes europeus no sul do Brasil. Móveis, ferramentas de trabalho, elementos construtivos, brinquedos e utensílios domésticos feitos entre a segunda metade do século 19 e as décadas iniciais do século 20 conjugam as lembranças, costumes e técnicas trazidas pelos imigrantes de sua terra natal, de um lado, e as condições e materiais que encontraram na terra de adoção, de outro. O imaginário social da época ganha vida nas fotografias eternizando momentos marcantes das famílias, cartões postais enviados ou recebidos pelos imigrantes, quadros com ditados populares e impressos gráficos. As obras fazem parte da coleção Azevedo Moura, garimpadas nas últimas cinco décadas no interior do Rio Grande do Sul (a maioria), Santa Catarina e Paraná, que já haviam sido objeto da exposição “Artefatos do Sul – Legados da imigração alemã e italiana”, apresentada em 2024 no Farol Santander Porto Alegre, também com curadoria de Adélia. No processo de elaboração da mostra, o contato com os docentes da instituição, que integra a Universidade de São Paulo (USP), enriqueceu a leitura das obras e possibilitou a exploração de novas camadas de seus significados. A exposição ganhou ainda amplos recursos de acessibilidade.
Está disponível no site do Museum of Modern Art (MoMA-NY) a palestra Women Shaping Design in Brazil, proferida por Adélia Borges em 4 de setembro de 2024 na série Crafting Modernity Networks. O seminário integrou programação paralela da exposição Crafting Modernity: Design in Latin America, 1940-1980, com curadoria de Ana Elena Mallet and Amanda Forment. No mesmo dia, a curadora Anna Anna Burckhardt abordou o tema de “Women Shaping Design in Colombia”. Assista em https://www.youtube.com/watch?v=0odmvl2-3NA.
Está no ar a temporada de podcasts sobre design japonês realizada pela Japan House São Paulo. Natasha Barzaghi Geenen, diretora cultural da Japan House, e Adélia Borges foram as apresentadoras. São oito episódios, englobando os seguintes temas: 1. Os espaços no design japonês: do obentô ao hotel cápsula; 2. Mingei: O artesanato feito pelo povo, para o povo; 3. Técnicas e materiais: cerâmica, papel e tecidos japoneses; 4. Efeito Japão: a ousadia da moda japonesa conquista o mundo; 5. Conteúdo e continente: embalagens e design de produto do Japão; 6. Concisão visual: o design gráfico japonês; 7. Design high-tech: vending machines, walkman e robôs amigáveis; e 8. Espiritualidade, natureza e tempo no design japonês. Com entrevistas com vários designers e estudiosos do tema, o podcast foi produzido pela Rádio Novelo e está disponível nas plataformas usuais, tais como You Tube e Spotify. Saiba mais e ouça em https://podcast.japanhousesp.com.br/.
A exposição “Artefatos do Sul – Legados da Imigração alemã e italiana” celebrou a pluralidade cultural brasileira, ao trazer o foco para o design desenvolvido pelos imigrantes europeus no sul do Brasil. Móveis, ferramentas de trabalho, elementos construtivos, brinquedos e utensílios domésticos feitos entre a segunda metade do século 19 e as décadas iniciais do século 20 conjugam as lembranças, costumes e técnicas trazidas pelos imigrantes de sua terra natal, de um lado, e as condições e materiais que encontraram na terra de adoção, de outro. Além das peças tridimensionais, a história da imigração foi contada por fotos antigas, imagens religiosas, cartões postais e materiais gráficos, revelando o imaginário social do período. As obras fazem parte da coleção Tina e Calito de Azevedo Moura, garimpadas nas últimas cinco décadas no interior do Rio Grande do Sul (a maioria), Santa Catarina e Paraná. A exposição ocorreu no Farol Santander, em Porto Alegre, com curadoria de Adélia Borges. Saiba mais sobre essa parte ainda tão pouco conhecida da história do design no Brasil por meio do catálogo da mostra (bilingue, acesso em https://www.adeliaborges.com/port/wp-content/uploads/2024/09/Cat%C3%A1logo-Artefatos-do-Sul.pdf) e do vídeo preparado pelo Estúdio Preto e Branco com imagens da coleção.
As duas temporadas da série de documentários “Designers do Brasil”, com curadoria de Adélia Borges, estão disponíveis no streaming Prime Video mediante assinatura, com período gratuito de teste. Os vídeos trazem perfis de profissionais de diferentes especialidades mostrando a diversidade e a multidisciplinaridade do design. A primeira temporada teve a participação de Antonio Bernardo, Fred Gelli, Guto Indio da Costa, Guto Requena, Heloísa Crocco, Jacqueline Terpins, Ovo, Renato Imbroisi, Rico Lins e Ronaldo Fraga. A segunda de Bete Paes, Joana Lira, Domingos Tótora, Fernando Prado, Ana Neute, Gringo Cardia, Heloísa Galvao, J. Cunha, Lino Villaventura, Marcelo Rosenbaum, Marina Sheetikoff, Renata Meirelles e Questtonó. Embora o design brasileiro venha obtendo um crescente reconhecimento internacional, com a conquista de vários prêmios, o conhecimento sobre ele ainda é incipiente entre o público em geral. A série desvenda o universo criativo de nomes da linha de frente do design nacional e traz pontos importantes para o debate a respeito da contribuição que os países do hemisfério Sul podem oferecer à cultura global. Mais do que profissionais mostrando seus portfolios, os documentários discutem questões como identidade cultural; convivência dos modos de produção industrial, artesanal e digital; design para espaços públicos; design como ferramenta de transformação social e sustentabilidade para além dos estereótipos ligados à palavra. Realização da Pacto Filmes, produção executiva de Malu Campos e direção de Pedro Gorski e Helder Aragão/ DJ Dolores. https://www.primevideo.com/region/na/search/ref=atv_nb_sug?ie=UTF8&phrase=designers+do+brasil
A Loja MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand tem um perfil único entre os museus brasileiros, ao apresentar objetos provenientes de várias partes do país elaborados por comunidades de artesãos, povos indígenas e designers eruditos expostos lado a lado, de forma não hierárquica. A seleção tem consultoria curatorial de Adélia Borges desde 2016, sendo coerente com o posicionamento conceitual original da instituição definido por Lina Bo e Pietro Maria Bardi, retomado pela atual direção artística do museu. Em 2025, ano em que a programação está voltada para as Histórias da Ecologia, a loja apresenta uma seleção especial de peças de várias regiões do país sintonizadas com o conceito amplo de desenvolvimento sustentável, que compreende as dimensões ambiental, econômica, social e cultural. O portfólio celebra e expressa a pluralidade da cultura brasileira. A loja se desdobra em três unidades, duas no edifício histórico e uma no edifício Pietro, inaugurado em março de 2025, esse com uma seleção mais abrangente. https://www.masploja.org.br/
“Criação cabo-verdiana: Percursos” é o título da exposição em cartaz no Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design (CNAD), em Mindelo, Cabo Verde desde de julho de 2022. A mostra apresenta uma seleção de obras do acervo da instituição, cobrindo um arco temporal dos anos 1890 até a atualidade. A coleção pública começou a ser constituída nos anos 1970, quando o então Centro Nacional de Artesanato (CNA) foi aberto no contexto da luta pela independência política do país. Adélia Borges assina a curadoria com Irlando Ferreira, diretor do CNAD. A inauguração marcou a reabertura do edifício do CNAD após passar por uma requalificação arquitetônica com projeto de Ramos Castellano Arquitectos. @cnad.cv
Adélia Borges tem canal no YouTube, com alguns documentários que produziu, materiais audiovisuais sobre algumas de suas exposições e palestras proferidas. www.youtube.com/@adeliaborges
Está disponível para itinerância a exposição “Esculturas lúdicas – Sara Rosenberg”, com curadoria de Adélia Borges, que esteve em cartaz no Museu da Casa Brasileira de outubro de 2022 a abril de 2023. A mostra situa sinteticamente o percurso de Sara no design, em parceria com a irmã Anete Ring, e se debruça numa atividade mais recente, da última década: a das esculturas interativas destinadas às crianças, em fibra de vidro. O material permite a reprodução em série das obras, caracterizadas por serem um híbrido entre arte e design. Sara vem se dedicando também a bancos para mobiliário urbano.
Adélia Borges é palestrante frequente, já tendo se apresentado em 22 países, em instituições como Victoria & Albert Museum, Royal College of Art (Londres), Museum of Modern Art (Nova York), Japanese Institute of Design (Tóquio), Danish Design Museum (Copenhagen), Helsinki Design Week (Helsinki), Museo Franz Meyer (Cidade do México) e seminário What Design Can Do (Amsterdam).
Trabalhos de mulheres do estado de São Paulo que usam linhas, fios e fibras como meios de autoexpressão, de interpretação criativa de sua própria identidade e de manifestação de cidadania. Esse foi o foco de EntreMeadas, exposição concebida a convite do Sesc São Paulo e apresentada no Sesc Vila Mariana (2019/ 2020), Sesc Guarulhos (2022) e Sesc Bauru (2022/ 2023). A curadora Adélia Borges privilegiou o trabalho de associações, cooperativas e comunidades para as quais o artesanato é também uma fonte importante de geração de renda. No total, participaram 29 grupos de mulheres de diferentes gerações, procedências e classes sociais, provenientes de 18 municípios do Estado: Américo Brasiliense, Atibaia, Bariri, Bauru, Bertioga, Botucatu, Cananeia, Carapicuíba, Eldorado, Guapiara, Guarulhos, Miracatu, Olímpia, Osasco, Ourinhos, São Bento do Sapucaí, São Paulo e Tremembé. O título da mostra se refere tanto ao fato de se evidenciar um patrimônio precioso de nossa cultura que estava enredado, sem a visibilidade que merece, quanto ao universo dos materiais presentes – linhas, fios, fibras e tecidos. A pesquisa do feito à mão em território paulista prossegue pela equipe da Borges Comunicação. Saiba mais conferindo o vídeo de apresentação realizado pelo Sesc Guarulhos em https://youtu.be/3_KIYar9H5g, o catálogo do Sesc Guarulhos aqui e o catálogo do Sesc Bauru aqui.
Adélia Borges é a primeira mulher a receber o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), em cerimônia realizada em 8 de março de 2021. Até então a Unesp havia outorgado 15 títulos de Doutor Honoris Causa, entre eles para o geógrafo Milton Santos, o economista Celso Furtado, o crítico literário Antonio Candido, o engenheiro aeronáutico Ozires Silva, o indigenista Orlando Villas Bôas, o advogado Plínio de Arruda Sampaio, o escritor Ignacio de Loyola Brandão e Adolfo Pérez Esquivel, Nobel da Paz argentino. O processo para a concessão do título teve a iniciativa do Departamento de Design da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (FAAC), do campus de Bauru, que o justificou pela contribuição de Adélia à pesquisa, divulgação, valorização e consolidação do design brasileiro no cenário nacional e internacional. Como em todas as universidades públicas, o processo para a concessão do título foi longo e exigiu pareceres e aprovações em vários âmbitos. Saiba mais em https://www.faac.unesp.br/#!/honoris-causa/, assista à cerimônia em https://youtu.be/vO9Es15zKc8 e acesse https://ensaiosemdesign.com.br/wp-content/uploads/2022/01/09_08.pdf.
Adélia Borges foi indicada ao 11º Prêmio Governo do Estado de São Paulo para as Artes 2020 na categoria Patrimônio Cultural Material e Imaterial, pela realização da exposição EntreMeadas no Sesc Vila Mariana. Foi finalista entre cinco concorrentes, em cerimônia em dezembro de 2021. https://www.cultura.sp.gov.br/confira-os-finalistas-do-11o-premio-governo-do-estado-de-sao-paulo-para-as-artes-de-2020/
Adélia Borges integra alguns comitês acadêmicos. Desde 2016 faz parte da comissão de seleção da conferência acadêmica Making Futures, realizada pelo Plymouth College of Art, no Reino Unido. A conferência investiga o artesanato, o movimento maker e a arte como potenciais “agentes de mudança” na sociedade do século 21, refletindo sobre uma estética emergente de produção e consumo com base em movimentos de pequenos artesãos (https://makingfutures.pca.ac.uk/) Atuou como peer reviewer das duas últimas conferências do ICDHS / International Committee for Design History and Design Studies, realizadas em Barcelona, em 2018, e em Zagreb, em 2020 (https://www.icdhs12.org/). Desde 2021 é parecerista do Journal of Design History, publicado pela Oxford University.
O inglês John Thackara, a holandesa Irene Vermeulen, o indiano Ashoke Chatterjee e a argentina Lujan Cambariere foram alguns dos críticos internacionais que escreveram palavras elogiosas a respeito do livro “Design + Artesanato: o caminho brasileiro”. Em 240 páginas, a publicação faz uma radiografia da revitalização recente do objeto artesanal brasileiro, mostrando como iniciativas marcadas pelo empreendedorismo e pela inovação social trazem um novo impulso ao desenvolvimento sustentável local. Palestra com o conteúdo resumido do livro já foi apresentada em várias cidades, tais como Chennai (Índia), Plymouth (Inglaterra) e Cidade do México. A versão impressa está esgotada. E-book em português disponível em http://digitalizabrasil.com.br/e-books/design-artesanato
E-book em inglês disponível em http://digitalizabrasil.com.br/e-books/design-craft
